sábado, 30 de outubro de 2010

Equitação Terapeutica

Uma nova forma de tratamento
Ninguém pode negar que estar em fazendas e montar cavalos são bons para a saúde e bem-estar de qualquer pessoa. Muitas histórias, estudos de casos e projetos de pesquisas têm validado que a equitação é uma forma efetiva de tratamento para muitas disfunções físicas e cognitivas.

Milagres têm acontecido! Pessoas têm abandonado suas cadeiras de rodas. Equitadores portadores de deficiências físicas ou mentais têm triunfado em Olimpíadas Especiais. Todas estas experiências vêm promovendo e fortalecendo a teoria de que a arte de equitar e o convívio com cavalos é maravilhoso, divertido e produtivo tanto para crianças quanto para adultos. Equitação Terapêutica, Terapia por meio do cavalo, Equoterapia, Equitação para pessoas portadoras de deficiências, Hipoterapia, todos querem designar o mesmo método científico, que utiliza o cavalo como instrumento terapêutico para fins de saúde, educação e lazer.
Historicamente, os benefícios da Equitação Terapêutica são vistos desde 460 AC. Sendo altamente difundido na Europa, desde 1960, esta forma de atividade terapêutica tomou forma nos Estados Unidos através da estruturação dos centros da NARHA (North American Riding for the Handicapped Association), e mais recentemente com a formação da AHA (American Hippotherapy Association). No Brasil, esta atividade teve seu início na década de 70, onde os primeiros trabalhos foram realizados na Granja do Torto, em Brasília.
Atualmente, é nesta que se encontra a sede da Associação Nacional de Equoterapia (ANDE-BRASIL). Em todo país, existem mais de 50 centros, sendo o Centro de Equitação Terapêutica da Escola de Equitação do Exército (CETA) um dos pioneiros. O trabalho que a equipe vem desenvolvendo neste centro, desde 1991, é levado a efeito pela Drª Tânia Frazão que é fisioterapeuta e professora da UFRJ, UCB e da UGF, sendo que, nesta última, é titular da disciplina de Hipoterapia, desde 1995. Além de atender uma demanda grande de pacientes, promovem cursos para profissionais das áreas de saúde e de educação, com intuito de expandir a formação de recursos humanos para a aplicação desta técnica.
A AETERJ (Associação de Equitação Terapêutica do Estado do Rio de Janeiro), recentemente criada, tem como finalidade primeira: "contribuir para a educação, reeducação e reabilitação de pessoas portadoras de necessidades especiais, mediante a prática da equitação terapêutica" - seu objetivo principal.
A equitação terapêutica utiliza atividades no cavalo que são úteis para o cliente. Em um ambiente natural, informações sensoriais são enviadas ao participante em busca de respostas adaptativas apropriadas. O objetivo não é ensinar técnicas de equitação específicas e sim estabelecer melhores funções neurológicas e melhor processamento sensorial. Assim, os participantes percebem suas potencialidades, minimizam suas deficiências, e tem como proposta uma vida melhor, mais feliz e com maior integração social.
A utilização do cavalo como instrumento terapêutico nos proporciona um movimento que é tridimensional, variável, rítmico e repetitivo. O movimento resultante no cliente se assemelha aos movimentos da pelve durante a marcha.
A variedade de movimentos disponíveis pelo cavalo favorece o terapeuta a graduar a quantidade de informações sensoriais a serem enviadas ao cliente, associadamente a outras técnicas terapêuticas para chegar a um objetivo comum. A resposta do cliente é entusiasmada para esta forma de aprendizado em um ambiente natural.
Os clientes que podem se beneficiar da hipoterapia são portadores das seguintes patologias:
  • Paralisia Cerebral
  • Síndrome de Down
  • Esclerose Múltipla
  • Atraso no Desenvolvimento Neuropsicomotor
  • Traumatismos Crânio-encefálicos
  • Acidentes Vasculares Cerebrais
  • Autismo
  • Dificuldades em Aprendizagem e Fala
  • Dificuldades de Atenção
  • Espinha Bífida
  • Distúrbios visuais e/ou auditivos
  • Distrofias musculares
  • Retardo Mental
  • Desordens Emocionais
  • Amputações
·         Dentre os principais BENEFÍCIOS físicos, mentais, sociais e emocionais observados em crianças submetidas à Equitação Terapêuticas que se destacam são: O cavalo proporciona ao corpo movimentos rítmicos e naturais, de uma forma semelhante a marcha humana, melhorando o equilíbrio, a postura, o controle motor, a mobilidade e as atividades funcionais.
A equitação terapêutica melhora a concentração, o processamento dos pensamentos, a habilidade para articular as emoções e orientação espacial. Proporciona a relação amigável dos participantes com o cavalo, com o instrutor, e voluntários, desenvolvendo a confiança. É eficaz no controle das emoções e reforça comportamentos adequados. O contato com o cavalo e treinamento proporciona um meio não-competitivo de aprendizagem. Novas habilidades, auto-disciplina e melhora da concentração constrói auto-confiança.
Através da Equitação obtêm-se uma imagem pessoal positiva. Geralmente, as pessoas portadoras de deficiência experimentam independência pela primeira vez em suas vidas. Eles também desenvolvem o sentido de equipe, a auto-estima e a arte de equitar. A hipoterapia necessita de uma equipe composta por cliente, cavalo, guias de cavalo, terapeutas, instrutor de equitação e cuidados especiais.
  • O papel do Terapeuta é o de avaliar, indicar, contra-indicar e reavaliar, além de promover a terapia para o cliente, em cima e fora do cavalo.
  • O papel do Instrutor de Equitação é o de escolher o cavalo que proporcione o movimento ideal para alcançar os objetivos terapêuticos. Ele também escolhe o equipamento adequado, realiza o treinamento, orienta o encilhamento e supervisiona a atividade do cavalo durante a terapia

                                                                          

Marcas no cavalo

Marcas na cabeça :                                                 


















Nos membros :   
                              

Nos cascos :

Cor da pelagem

Branco :          

Preto :

Tordilho:

Tordilho pedrez :

Tordilho apatacado :


Palomino :

Alazão :

Castanho :

Baio :

Baio Amarilho :

Malhado :

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Ferraduras .

 A boa conformação da pata é essencial para as atividades normais do cavalo. Não importa o quanto a conformação das outras partes seja boa, se a pata for fraca o cavalo não será um animal estável. 
Interessante: Há um ditado que diz "Sem ranilha, não há pata; Sem pata não há Cavalo".

     Ao contrário do que possa parecer, ferrar um cavalo é muito mais do que simplesmente pregar-lhe uma ferradura nos cascos. É necessário que se conheça a anatomia do animal e as técnicas para o bom ferrageamento. 
     Na rotina do tratamento do seu cavalo nunca esqueça dos cuidados a ter com os cascos, pois são essências para mantê-lo saudável. Desde os seus primeiros anos o cavalo deve ser inspecionado por um ferrador de 6 em 6 semanas, mesmo que seja somente para aparar os cascos. Em caso de o animal precisar de usar ferraduras,  também deverão ser tiradas num período de 6 semanas para que os cascos sejam aparados.
     O dono do cavalo deve limpar os cascos pelo menos um vez por dia e verifica-los assim como as ferraduras. Deve também saber retirar uma ferradura solta para agir em casos de emergência, deve fazê-lo do seguinte modo:

*Levantar o casco e, utilizando um saca-rebites, cortar as pontas dos cravos que estão dobradas para fora;
*Usar a turquês para separar a ferradura do casco, começando do talão (atrás) para a pinça (frente);
*Agarrar a ferradura a frente e arrancá-la com a turquês puxando para trás.
Tipos de ferração: O cavalo pode ser ferrado de dois modos: a frio ou a quente. Na ferração a frio a medida das ferraduras é a mesma da do casco, podendo o ferrador fazer alguns acertos na sus forma. Apesar destas ferraduras não ficarem tão perfeitas como as acertadas a quente, um cavalo bem ferrado a frio fica melhor servido do que um mal ferrado a quente.
Na ferração a quente a ferradura, previamente aquecida é encostada ao casco; as desigualdades do corte do casco que necessitam ser corrigidas antes de colocada a ferradura são reveladas pela área chamuscada. Esta parte do casco pode ser queimada e pregada sem machucar o animal pois não possui nervos.
     As ferraduras não devem ser menores do que o plano da sola, devendo ultrapassar o casco já aparados em um ou dois milímetros, para favorecer o crescimento do casco do animal.


Tipos de Ferradura: O material geralmente utilizado nas ferraduras é o aço, no entanto podem ser feitas de outros matérias: de alumínio (usadas nos cavalos de corrida dado que são mais leves); de plástico aderente (para cavalos que não suportam os cravos). Existem também ferraduras ortopédicas ou cirúrgicas utilizadas em casos de laminite e de doença do navicular.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Oração do cavaleiro .

Deus pai todo-poderoso, luz do Universo.
Vós que sois o criador da vida e de todas as coisas, concedei derramar sobre nós, teus filhos, cavalos, cavaleiros e amazonas que aqui estamos, as tuas bênçãos e a tua divina protecção.
Dai-nos Senhor:
- A saúde e o vigor, para que possamos competir com garra em busca da vitória...
- A lealdade, para que busquemos o podium com determinação e coragem, mas com respeito pelos nossos adversários, vendo em cada um deles um amigo e um companheiro de jornada...
- A prudência, para que não venhamos a nos ferir no ardor da disputa...
- A paciência, para que entendamos que a vitória, símbolo do sucesso, é o resultado do trabalho árduo e deve ser conquistada degrau a degrau...
- A humildade, para façamos de cada sucesso um estímulo para caminharmos sempre em frente e cada tropeço um aprendizado de que pouco sabemos e é preciso aprender mais...
- A gratidão, para que, no momento da vitória, saibamos que a conquista só foi possível pelo trabalho e dedicação de muitos, cavalos, pais, técnicos, tratadores, ferradores, juízes, veterinários, motoristas e até o nosso...
Senhor, dai-nos também:
- A bondade, para tratarmos nossos animais com respeito, amor e atenção, jamais esquecendo de agradecer a eles pelo trabalho realizado...
- A generosidade, para que no futuro, quando nosso inseparável amigo de tantos galopes da vitória estiver velho e cansado, não mais podendo nos auxiliar nas conquistas, receba de nós o amor e os cuidados para que possa terminar seus dias com dignidade e, chamado por vós, galope feliz sentindo em seu dorso o nosso carinho e nossa saudade, pelos verdes campos de tua divina morada...
Pai, dai-nos finalmente:
- O patriotismo para que se um dia lograrmos merecer representar o nosso pais pelas pistas de hipismo do mundo, saibamos, como tantos outros, honrar o seu nome, sua gente e suas tradições...
- A virtude, para que jamais nos afastemos dos nobres ideais do hipismo e para que antes de campeões, possamos ser cidadãos de bem...
E a fé, para crermos que tudo vem de vós, senhor do universo e nosso Pai eterno.
Que assim seja.
                                         
                                            

Oração do cavalo.

Ao meu amo ofereço a minha oração:

Dá-me comida e cuida de mim, e quando a jornada terminar,
Dá-me abrigo, uma cama limpa e seca e uma baia ampla pra eu descansar
em conforto.
Fala comigo; tua voz, muitas vezes, significa, para mim, o mesmo que as rédeas.
Afaga-me, às vezes, para que eu te possa servir com mais alegria e aprenda a te amar.
Não maltrates minha boca com o freio e não me faças correr ao subir um morro.
Nunca, eu te suplico, me agridas ou me espanques quando eu não entender o que queres de mim, mas dá-me uma oportunidade de te compreender.
E, quando não for obediente ao teu comando, vê se algo não está correto nos meu arreios, ou maltratando os meus pés.
E, finalmente, quando a minha utilidade se acabar, não me deixes morrer de frio ou à mingua, nem me vendas para alguém cruel para eu ser lentamente torturado ou morrer de fome.
Mas, bondosamente, meu amo, sacrifica-me tu mesmo e teu Deus te recompensará para sempre, e não me julgues irreverente se te peço isso.
Em nome d'Aquele que também nasceu

num estábulo.